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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CORRUPÇÃO DE SARNEY A LULA - Livro de Eduardo Graef

 
Brasília, 2011

Confira trechos do livro lançado em Agosto deste ano de 2011 em Brasília:

"Ao todo nove ministros se demitiram por suspeitas de corrupção ou mau uso de
dinheiro público nos oito anos de governo Lula:

• Benedita da Silva, da Secretaria de Assistência e Promoção Social, por
pagamento de despesas particulares com dinheiro público (2004);
• José Dirceu, da Casa Civil, por envolvimento no “mensalão” (2005);
• Romero Jucá, do Ministério da Previdência, por irregularidades na tomada de
empréstimos de um banco federal (2005);
• Antônio Palocci, do Ministério da Fazenda, por quebra de sigilo bancário
(2006);
• Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação, por interferência em fundos de
pensão e envolvimento no “mensalão” (2006);
• Silas Rondeau, do Ministério de Minas e Energia, por envolvimento em
fraude e desvio de recursos em obras públicas (2007);
• Walfrido Mares Guia, da Secretaria de Relações Institucionais, por
envolvimento no “mensalão” (2007);
• Matilde Ribeiro, da Secretaria de Igualdade Racial, por pagamento de
despesas particulares com dinheiro público;
• Erenice Guerra, da Casa Civil, por tráfico de influência (2010).

Um aliado do governo, Severino Cavalcanti, foi destituído da presidência da Câmara
dos Deputados e perdeu o mandato de deputado por cobrar comissão de um
fornecedor da Câmara.

A tática de embaçar as percepções públicas da corrupção na névoa da luta política
deu resultado."

"A maior queixa do público e dos próprios juízes em relação ao Judiciário é sua
lentidão. Ela cria insegurança na esfera civil e uma mistura de impunidade e
arbitrariedade na esfera criminal. Em alguns estados, a desorganização da justiça
criminal é tamanha que as prisões estão vazias de assassinos e outros criminosos
perigosos e cheias de pessoas pobres que esperam julgamento por delitos menos
graves. Muitas ficam anos presas sem o devido processo legal."


"O corporativismo dos juízes, que rejeitam a avaliação e cobrança de resultados, também concorre para a lentidão da justiça. Em algumas instâncias, em alguns estados, a corrupção no próprio Judiciário é grave."

"A combinação dessas três características – lista aberta, circunscrições eleitorais
muito grandes e financiamento privado das campanhas – tende a afrouxar os
vínculos entre eleitores, partidos e deputados. A maioria dos eleitores não entende
um sistema no qual vota num candidato e acaba elegendo outro por um cálculo
complicado de quociente eleitoral. De fato, a maioria “perde o voto”, isto é, vota num
candidato que não consegue se eleger. Os partidos mal se identificam, mal se
diferenciam numa confusão de dezenas de siglas e centenas de candidatos por
circunscrição. Os candidatos se afligem tentando sobressair nessa confusão e não ser
ultrapassados por concorrentes do mesmo partido na busca de contribuições e de
votos. Mais da metade não consegue ou nem tenta se reeleger. O resultado final é
uma distância crescente entre representantes e representados, por um lado, e uma
dependência crescente dos deputados em relação ao poder econômico, às
corporações e ao Executivo, por outro lado."

"O grau de preocupação do eleitor com a transparência ou, olhando pelo
outro lado, sua margem de tolerância à corrupção parece ser influenciada pelo estado
da economia. Inflação alta e emprego baixo, maior indignação com a corrupção.
Inflação baixa e emprego alto, maior tolerância."

Confira aqui mais do livro de Eduardo Graef

http://dl.dropbox.com/u/5311226/Eduardo%20Graeff/Corrupcao%20de%20Sarney%20a%20Lula/Corrupcao%20de%20Sarney%20a%20Lula%20-%20Eduardo%20Graeff.pdf