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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Apoiada por Governo do PSDB - Capital abriga o 1º Museu Aberto de Arte Urbana


Há interevenções de mais de 50 grafiteiro em 66 colunas na Avenida Cruzeiro do Sul, entre as estações Tietê e Santana do Metrô.

No lugar da tela, uma enorme coluna de mais de quatro metros; no lugar da cartela de cores, galões de tinta de parede e spray de tons variados; escadas substituem cavaletes; e pequenos desenhos rabiscados num papel amassado se transformam em imensas figuras grafitadas no muro: peixes, pássaros, skates, mico-leão, animais sem cabeça, menina segurando gato, garoto da periferia que sonha ser jogador de futebol, e até uma homenagem a Frida Khalo.

Dessa forma começou a surgir na última semana, um dia de sol escaldante em São Paulo, o 1º Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU), em plena zona norte da capital, considerada berço do grafite na cidade desde os anos 1980 e 1990.

O projeto é antigo, segundo os grafiteiros Binho e Chivitz, curadores do MAAU, há mais de vinte anos promovendo intervenções urbanas na cidade. Agora, vão transformar a movimentada Avenida Cruzeiro do Sul numa galeria a céu aberto, sob as colunas que sustentam o Metrô entre as estações Tietê e Santana.

Quem quiser pode conferir de perto o trabalho desses artistas, entre eles Chivitz, Binho Ribeiro, Akeni, Minhau, Larkone, Onesto, Zezão, Higraff, Presto e Anjo, quase todos moradores da zona norte.

Binho ressalta, com orgulho, que o projeto, na verdade, começou em abril quando ele e seu grupo foram detidos nesse mesmo local por não possuírem autorização legal para pintar as colunas do Metrô da Avenida Cruzeiro do Sul.

"Resolvemos pintar por nossa conta e aí o bicho pegou. Na delegacia, amadurecemos a idéia, rascunhamos um projeto e apresentamos à Secretaria de Estado da Cultura, ao presidente do Metrô e à diretora da SP-Urbanismo. O Paço das Artes entrou na parceria e agora estamos oferecendo a São Paulo o 1º Museu Aberto de Arte Urbana, inédito no Brasil e no mundo".