EM ENCONTRO COM JOVENS, SERRA PROPÕE CRIAR UM CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE PARA CADA REGIÃO DA CIDADE
“Fala, Juventude” reuniu na Zona Sul representantes de grupos da sociedade civil para propor ideias e ouvir projetos do candidato e seu vice Schneider
José Serra participou na tarde deste domingo (2/9) de encontro com jovens para falar de suas propostas voltadas para a juventude paulistana. O evento “Fala, Juventude” é uma grande roda de discussão para que o candidato também possa ouvir sugestões dos participantes e esclarecer dúvidas. O encontro foi realizado no Espaço HSBC, na Zona Sul de São Paulo.
Para facilitar a participação do público, foi montada uma arena, com palco central e arquibancadas ao redor. Cerca de 400 jovens compareceram ao evento, entre militantes da coligação que apoia a candidatura de Serra e representantes da sociedade civil, como integrantes de grupos de skate, de bicicleta, do judô e da noite paulistana.
Serra ouviu perguntas sobre os mais variados temas: empreendedorismo, sustentabilidade, drogas, saúde, saneamento, entre outros assuntos. “Uma especialidade que, modéstia à parte eu tenho, não é só de por as coisas no papel, é de tirar também”, disse à plateia.
Ele mesmo destacou como o ponto mais importante da discussão a criação em toda a cidade de novos Centros Culturais da Juventude, como o que já existe na Vila Nova Cachoeirinha. “Queremos fazer um em cada ponto cardeal da cidade, em locais áridos, sem opções, até para ser um ponto de encontro”, disse. E pediu ajuda dos presentes para escolher os locais para as novas unidades. “Se alguém tiver uma idéia, souber de algum prédio que precisa ser reformado, pode dar a dica. Eu prefiro prédio do que terreno baldio, porque sai mais barato e reurbaniza a região”, afirmou.
O encontro começou com a participação do candidato a vice, Alexandre Schneider. Também estavam presentes o deputado Walter Feldman, os secretários estaduais Bruno Covas e Rodrigo Garcia e o coordenador da campanha, Edson Aparecido.
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| Yago do jornal Pirituba acontece faz sua pergunta a Jose Serra sobre a relação entre saneamento básico e saúde publica. |
Um dos assuntos levantados foi salário dos professores da rede municipal. Serra disse que o piso que era de R$ 1.200,00 reais há 8 anos agora é de R$ 2.600,00 por jornada de 40 horas. “É um dos mais altos do Brasil”, esclareceu.
Na área de saúde, ele destacou a criação da função de gerentes de saúde. Serão profissionais, não necessariamente da área de saúde, treinados para controlar o atendimento e agilizar marcação de consultas , exames e cirurgias. A idéia é que os serviços sejam unificados, como já ocorre no Programa Mãe Paulistana.
Sobre drogas, ele disse ser preciso investir em educação e reabilitação. Lembrou que fez campanhas contra o cigarro quando ministro e baniu o fumo em locais fechados no governo do Estado.
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Serra sempre demonstrou compromisso com os jovens, idealizou espaços voltados para a educação e cultura, como o Catavento e a Biblioteca de São Paulo. Também foi ideia de Serra o Centro Cultural Ruth Cardoso e foi em sua gestão que as Fábricas de Cultura viraram realidade. Serra também criou a Virada Cultural, um sucesso na cidade, principalmente pela adesão imediata do público jovem. O ensino profissionalizante cresceu nas gestões de Serra: com ele, o número de Fatecs e Etecs dobrou.
"Vim aqui para ouvir quais são as propostas do Serra. Ele dá espaço para a cultura e isso é muito bom para o jovem poder se expressar", disse Antônio Carlos de Sousa Filho, de 22 anos, cantor de rap e grafiteiro, mais conhecido como Tony Black. Morador do Jardim São Luís, na Zona Sul, ele espera que Serra faça mais Fábricas de Cultura. “Espaços culturais desse tipo ajudam muito os jovens dos bairros de periferia.”
Serra disse ainda que considera a cidade preparada para receber a Copa, porque já tem estrutura para sediar grandes eventos. Questionado sobre a proposta de criação de um bilhete único mensal, Serra disse considerar que se trata mais de um “factoide eleitoral”.
Enquanto propostas eram debatidas na arena, do lado de fora um grupo de grafiteiros pintava um painel. “É importante interagir, precisamos somar", disse Fernando Bezerra, de 26, o Mandão, um dos grafiteiros. Perguntado sobre o que acha do grafite, Serra disse que os artistas precisam de espaço e possibilidades. “Para mim, grafiteiro é artista. E alguns ainda vão acabar fazendo fortuna”, afirmou. A obra foi levada ao palco no final do evento e Serra fez fotos para o Instagram (o perfil dele é o _joseserra).
