Páginas

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Violência nas Escolas, o Que Fazer?


Opinião.
O terrível caso do menino de dez anos que atirou na professora e logo depois se matou com um tiro na cabeça, em uma escola pública de São Caetano do Sul, trás a tona um problema que vem se apresentando constantemente, mantidas as devidas proporções, não têm sido raros os casos em que crianças agridem professores, colegas e até os próprios pais.
Casos extremos como o do ataque de um assassino, com evidentes traços de severo desequilíbrio mental, em uma escola pública do Rio de Janeiro,  somados a outros onde crianças são flagradas com armas de fogo ou cortantes no ambiente escolar, muitas vezes pode favorecer um raciocínio equivocado, e nós levar a defender absurdos descabidos como a instalação de detectores de metais nas portas das escolas, revista diária dos pertences dos alunos, como se isto fosse a definitiva resolução.
Em pouco tempo a escola deve assumir o papel de fornecer as crianças, além da educação formal, os princípios éticos básicos para a formação cidadã, que no passado cabiam a família, hoje infelizmente desestruturada em grande escala, e ao ambiente social, cada vez mais libertino, sem limites ou convenções.
Acredito que a política de inclusão total de crianças ao ambiente escolar, que condena previamente qualquer exclusão é um equivoco grave que deveria ser corrigido, fica claro que algumas crianças devem ter tratamento assistido diferenciado, casos em que alunos de uma sala tem suas atividades paralisadas por um indivíduo, evidenciam a inclusão sem limites, e também a fragilidade desta política, que pune os demais, torna impotente a ação de professores e gestores escolares, já que até mesmo suspensões são mal vistas.
O Brasil possui uma das maiores presenças per capita de psicólogos por habitante, me pergunto o que estão esperando para inserir este profissional no ambiente escolar, um olhar apurado, um ouvido aguçado, treinado a captar inseguranças, tristezas, segredos que podem esconder violências indescritíveis, e até suscetibilidade a desequilíbrios emocionais e mentais, podem sim auxiliar na condução da educação formal, e também em alguns casos auxiliar vítimas e vitimadores por buling, e quem sabe a evitar episódios brutais de violência inconcebível como o que tomamos conhecimento ontem.
Por Fabio Godoy