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terça-feira, 18 de outubro de 2011

12 de Outubro dia de pedir a padroeira proteção contra a corrupção.

Por Fábio Godoy
Tradicionalmente uma imagem fac simili de Nossa Senhora Aparecida é trazida da Basilica Nacional em Aparecida do norte para a capital, percorrendo trechos por terras e rios, chegando a SP pelo Rio Tietê, a fé das pessoas na interceção de Nossa Senhora Aparecida, mobiliza o povo na sempre calorosa e festiva recepção.

Este ano a imagem da Santa seguiu em cortejo até a igreja São Luis Gonzaga, aqui em Pirituba, e a cerimônia contou com a presença de líderes da Igreja Católica que diferente do usual discursaram contra a corrupção e usaram a data religiosa para incentivar os fiéis a participar das manifestações realizadas em diversas cidades do país.

Condutores da cerimônia os cardeais dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), criticaram os políticos e disseram que a sociedade deve se mobilizar e fiscalizar o uso do dinheiro público.

Dom Odilo elogiou os protestos e disse que a corrupção "está em toda parte, afligindo o povo brasileiro".

"Quando não somos mais capazes de reagir e nos indignar diante da corrupção, é porque nosso senso ético também ficou corrompido", afirmou, em sermão.

"Quando o povo começa a se manifestar, a coisa melhora. É isso que precisa acontecer."

Depois de chamar o rio Tietê de "rio da morte" e "esgoto a céu aberto", o cardeal comparou a situação de suas águas aos desvios na política. "A corrupção é como a água suja do Tietê. Não gera vida, não é coisa boa", disse.

Ótimo contar com o engajamento dos líderes da Igreja Católica as marchas que começam a ganhar corpo, a cada feriado, contra a corrupção no País, o que poderá dar novo impulso ao movimento, até aqui suprapartidário, disforme, organizado através da internet.

Tornar o amontoado de desmandos que causa revolta em reinvindicações concretas deve ser o objetivo do movimento, apontar nome e sobrenome dos conhecidos responsáveis pelo atual estado das coisas, e o partido em grande parte tolerante com a vigarice, o PT, é fundamental para superar a fase revolta sem bandeira.