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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Governo Federal Fracassa em Política Habitacional e Movimento Sociais Invadem Prédios em SP.


Até Abril deste ano de 2011 nenhuma casa do programa Minha Casa Minha Vida foi entregue a população da cidade de São Paulo que recebem até três salários mínimos.

Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil em São Paulo), diz que existiam 400 mil unidades a serem distribuídas no Brasil para a faixa de até três salários. Mas não é claro o número de imóveis destinados a cidade de São Paulo.
Estão previstos para a capital 23 empreendimentos, com 3.596 habitações, orçados em R$ 186,1 milhões. As obras de 21 deles estão em andamento.

Decepção

A espera tornou-se frustração para a dona de casa Madalena Yakabe, 41, que mora com o marido, cinco filhos e uma sobrinha em um imóvel do sogro, em Sacomã, zona sul de São Paulo.

Há oito anos ela tenta conquistar o próprio lar, e a esperança tinha sido renovada com o lançamento do Minha Casa. "A Caixa está fazendo prédios, mas não é para a baixa renda. É para quem tem condição melhor."

Por que o Minha Casa, Minha Vida fracassa em São Paulo

Preço alto dos imóveis, custo elevado da construção e escassez de terrenos fazem programa na capital paulista fracassar.

No começo de julho o governo federal decidiu mudar o valor máximo dos imóveis financiados pelo programa para a baixa renda. Para famílias que ganham até 1.600 reais por mês, o valor máximo permitido passou de 59 mil reais para 65 mil, no caso de apartamentos, e de 57 mil reais para 63 mil no caso de residências térreas.

A mudança não é suficiente. Quem está diretamente envolvido com o programa diz que o valor máximo dos imóveis que entram nos benefícios do MCMV é irreal para a maior cidade do país. “Os 65 mil estipulados pelo governo não vão resolver o problema no município de São Paulo. A cidade precisa de uma condição especial”, diz Sérgio Watanabe, presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon) de São Paulo.

Desculpa é falta de verba.

A própria Caixa Econômica Federal, principal agente financeiro do MCMV, reconhece as dificuldades na capital paulista. “Quando nós – Caixa, Banco do Brasil, ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil – definimos os valores, tínhamos convicção de que para São Paulo e outros grandes centros brasileiros não era suficiente. Mas trabalhamos com recursos escassos”, diz Teotonio Costa Rezende, diretor executivo de Habitação da Caixa.

Que tal acabar com uns três ministérios, diminuir o número de funcionários sem concurso, e fiscalizar melhor o dinheiro nos ministérios para diminuir os possíveis roubos de dinheiro público.

Resultados são satisfatórios

Desqualificando as reinvindicações dos movimentos sociais, que protestam por moradia na capital a secretária de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, declara que, apesar das travas para o programa na cidade de São Paulo, ele teve um desempenho satisfatório no estado em sua primeira etapa. “As contratações na menor faixa de renda chegaram a pouco mais de 75% da meta no estado. Não é ruim. Vejo o programa com otimismo para o município nos próximos anos”, afirmou.

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